A Dália Negra

Crítica de cinema é algo estranho. Geralmente, os críticos fazem belas metáforas, jogos de linguagem. É cada loucura. Confesso que eu até tentei escrever algo assim para falar desse filme, mas não cheguei nem perto de alguma coisa que preste. Então, vou direto ao assunto.



Eu esperava mais de A Dália Negra (The Black Dahlia, 2006). Em primeiro lugar, achei o roteiro muito apressado. As coisas iam acontecendo, acontecendo e parecia que eles queriam contar logo tudo de uma vez só. Segundo, achei o filme muito certinho. Faltou um pouco mais de sangue quente na história.






Não pode se dizer exatamente que o filme se encaixe no gênero do filme noir , mas funciona meio como uma homenagem para esse filão cinematográfico, muito popular nas décadas de 30/40 do século passado.



A história fala sobre a investigação do assassinato da atriz Elizabeth Short, apelidada pela imprensa de Black Dahlia e é adaptado do romance de James Ellroy, que por sua vez, se inspirou em fatos reais. Dois policiais, interpretados por Josh Hartnett e Aaron Eckhart se envolvem até o pescoço no violento caso e, no meio tempo, vão se metendo em triângulos amorosos envolvendo Scarlett Johansson e escapadelas sexuais com Hilary Swank.



Contudo, não posso deixar de elogiar a cenografia e o figurino do filme. A equipe de filmagem fez uma ótima reconstrução da época e dá uma grande credibilidade para a história. Queria eu poder viver em um tempo em que andar de terno e chapéu panamá era algo normal... Sem falar nos planos-sequência do diretor Brian de Palma para mostrar o descobrimento do corpo de Betty Short. Espetacular.



No final das contas, é um filme razoável. Um bom entretenimento, mas que não vai ser nenhuma mudança nos seus padrões de cinema. Aproveite um dia de promoção.