fevereiro 16, 2008

Ronaldo - O Fênix a espera de um novo milagre

Saudades Rezboenses. Longos três meses se passaram desde a minha última passagem por esse aclamado local de entretenimento mundial. Mas depois das merecidas férias Cirilo Hamilton volta pra falar de esporte. Afinal aqui você não vê o esporte com os mesmos olhos, vê com os meus! Pena que meu recomeço é sobre um fato triste, porém marcante nesta semana. Vida longa ao ídolos, vida longa ao Rezboa!



Por Cirilo Hamilton


Durante a Copa de 94, me lembro de perder horas com revistas sobre futebol aprendendo sobre os grandes nomes das Copas passadas. Kemps, Puskas, Cruyff, Paulo Rossi, Pelé, Garrincha, Gordon Banks, Leônidas, os irmãos Charlton, Maradona e tantos outros. Só não imaginava que entre os reservas da seleção, estaria um mais um desses grandes nomes.

O menino de apenas 17 anos se tornaria em pouco tempo em um gigante, um ídolo, um fenômeno. Um torcedor do Bahia apaixonado, não esquece as glórias e muito menos as tragédias, e foi justamente contra o Bahia que vi pela primeira vez aquele menino brilhar. Jogando pelo Cruzeiro, Ronaldo fez cinco gols em uma partida no Mineirão com direito a um vacilo histórico do experiente goleiro Rodolpho Rodriguez em um dos gols. Ao ser entrevistado no fim do jogo, o franzino garoto perguntava “vocês viram aquilo lá? Tava filmando?”.

Ronaldo começa seu vôo. PSV, Barcelona e pronto, o fenômeno era uma realidade. Suas jogadas encantavam, faziam com que os meninos de terceira e quarta série ficassem fora da sala tentando imita-lo ou narrar seus gols. O menino de São Cristóvão aprendeu a ser ídolo, conquistou tudo que poderia ser conquistado, sentiu o peso da responsabilidade na final da Copa de 98.

Depois disso veio a primeira grande queda. O joelho direito não resistiu, foi incapaz de fazer tudo que o cérebro genial pedia. O mundo chorou com Ronaldo.
Como muitos achei que fosse o fim.

Lembro da sua volta contra a seleção da Iugoslávia, em um amistoso preparatório para a Copa de 2002. Visivelmente acima do peso, duvidei que aquele pudesse voltar a ser o Ronaldo Fenômeno. Diferentes desses muitos que duvidaram, Felipão confiou e assim ganhou a Copa. Aquele gol de empate feito quase ao 40 do segundo tempo contra a Turquia, era o primeiro sinal de que o Fenômeno estava de volta.

E assim ele foi durante toda a Copa, o Ronaldo que aprendemos a gostar, a gritar “ah moleque!”, a abrir os braços e comemorar no estilo aviãozinho, a acompanhar Galvão empolgar-se com o “Rrrrrrrrrrronaldinho!”. Ele voltou, como que das cinzas ressurgiu. Foi brilhante, foi o Cascão da garotada, foi Ronaldo a la Romário pra nós levar a final da Copa. E lá derrubou o muro de Berlim. Oliver Kahn provou do veneno do fenômeno. E todo um país voltou a se render a um homem. E não havia no mundo alguém que melhor representasse o bordão “eu sou brasileiro e não desisto nunca”.

O tempo passou, Ronaldo voltou a ganhar peso, teve que lidar com novas, ainda que mais simples, contusões, porém ele chegou em 2006 pronto pra fazer história em mais uma Copa. Paramos no talento de Zinedine Zidade, mas Ronaldo não deixou de fazer a sua história. Chegou aos 15 gols em Copas. Ninguém balançou a rede tantas vezes quanto ele em mundiais. Daí em diante as coisas não foram tão boas, Ronaldo voltou a Milão, dessa vez para defender o Milan.

No começo deste ano quase veio ao Flamengo. Confesso que não me sentiria tão feliz em vê-lo jogar pelas cores do rival, mas Ronaldo, flamenguista declarado, sempre foi tão brilhante, que seu sucesso onde quer que fosse faria um vascaíno feliz. Mas quis o destino que Ronaldo sofresse mais uma vez. Nessa semana meio sem graça, ele voltou a cair. Segundo especialistas menos 50 casos de ruptura dos tendões dos dois joelhos foram registrados no mundo, uma prova de que Ronaldo não é um ser comum, realmente é um diferenciado.

Em meio a tanta perplexidade e tristeza, noticias de que Ronaldo poderia desistir do futebol começam a encher o noticiário. Sinceramente, torço para que isso não aconteça. Ronaldo já provou uma vez que é capaz. Os céticos de ontem, hoje confiam, torcem – alguns celebram sua dor, esquecendo de quanto foram felizes graças a ele.

Ronaldo é um vitorioso, um guerreiro, um fênix, um vencedor. Já ganhou tudo na vida, mas merece continuar a fazer o que mais gosta. Dentro das quatro linhas e com uma bola nos pés, ele será sempre o bom e velho fenômeno.

Que 2009 não tarde a chegar e que em um ano e meio, dois anos voltemos a ver a milagre do fênix, mais uma vez estrelado por Ronaldo Luiz Nazário de Lima.

2 comentários:

Daniel Frediani disse...

Como todos os brasileiros, choramos mais uma vez junto com nosso fenômeno. Lamento junto com Cirilo e com todo o mundo da bola. Contudo, acho que romper os dois tendões não foi apenas uma questão de azar... Todos sabemos que "o garoto franzino" virou um tanque de guerra de uma hora pra outra. Não sou médico, mas acho que nem preciso ser pra deduzir que isso não deve ter sido saudável pro corpo do fenômeno. Se quiserem saber mais sobre o que penso do assunto é só acessar: www.molhandoacamisa.blogspot.com

abraço, equipe do rezboa!!

Rogger disse...

caraca aew
muito maneiro
legal msm
vlw
tbm sou fã nº1 do ronaldo
m inspiro nele pra jogar futebol
coincidencia ou nao
eu vo jogar no cruzeiro



rogger,13 anos