Os casais que todas as noites vão para a orla de Bombaim não estão interessados na paisagem. Em uma das cidades com a maior densidade demográfica do mundo, poucos lugares oferecem a privacidade necessária para jovens casais perseguidos pelo conservadorismo cultural. Eles trocam beijos e sussuros, mas esse ato é o necessário para levá-los para a cadeia.
É que pelas leis da Índia é proibido trocar beijos em público. Na última semana, mais de 100 casais foram presos por atividades consideradas obcenas. Na maioria dos casos eram jovens que conversavam e trocavam discretos beijos, informa o jornal britânico The Times. Os "contraventores" são levados para as delegacias e multados em 1200 rupias indianas (cerca de R$ 60), além de serem obrigados a chamar seus pais.
Ainda de acordo com o diário, a maioria das prisões não é feita por iniciativa da polícia e sim de moradores da região que ligam e denunciam o comportamento "obsceno" dos casais. Ramesh Dhatrak, 65 anos, é um dos que defende as prisões. "Não temos nada contra eles virem aqui e sentarem para conversar. Mas beijar, e outras coisas que não posso nem falar, não. Eles que aluguem um quarto. Estamos na Índia, não na Inglaterra."
A opinião de Dhatrak, entretanto, encontra críticos na própria sociedade indiana. De fato, o país vive uma ambigüidade nesse sentido, com jovens bombardeados por propagandas que sugerem a liberdade sexual, mas vivem sob um regime social que rejeita esse comportamento.
"A sociedade indiana adora varrer a sujeira para debaixo do tapete. Mas vamos parar de fingir que não fazemos sexo. Nós fazemos. É só olhar para nossa população", indigna-se Anup Kutty, editor da revista Maxim, dirigida aos jovens, e que na edição de abril traz na capa a foto da apresentadora esportiva Mandira Bedi de biquíni.
Mesmo assim, não trata-se de um simples choque de gerações. Uma jovem de 20 anos que não quis se identificar disse, sentada na garupa da motocicleta de seu namorado que apóia o conservadorismo. "Abraçar e beijar não é algo para se fazer em público. Eu acho que você deve esperar para ter o contato físico depois do casamento".
Redação Terra
É que pelas leis da Índia é proibido trocar beijos em público. Na última semana, mais de 100 casais foram presos por atividades consideradas obcenas. Na maioria dos casos eram jovens que conversavam e trocavam discretos beijos, informa o jornal britânico The Times. Os "contraventores" são levados para as delegacias e multados em 1200 rupias indianas (cerca de R$ 60), além de serem obrigados a chamar seus pais.
Ainda de acordo com o diário, a maioria das prisões não é feita por iniciativa da polícia e sim de moradores da região que ligam e denunciam o comportamento "obsceno" dos casais. Ramesh Dhatrak, 65 anos, é um dos que defende as prisões. "Não temos nada contra eles virem aqui e sentarem para conversar. Mas beijar, e outras coisas que não posso nem falar, não. Eles que aluguem um quarto. Estamos na Índia, não na Inglaterra."
A opinião de Dhatrak, entretanto, encontra críticos na própria sociedade indiana. De fato, o país vive uma ambigüidade nesse sentido, com jovens bombardeados por propagandas que sugerem a liberdade sexual, mas vivem sob um regime social que rejeita esse comportamento.
"A sociedade indiana adora varrer a sujeira para debaixo do tapete. Mas vamos parar de fingir que não fazemos sexo. Nós fazemos. É só olhar para nossa população", indigna-se Anup Kutty, editor da revista Maxim, dirigida aos jovens, e que na edição de abril traz na capa a foto da apresentadora esportiva Mandira Bedi de biquíni.
Mesmo assim, não trata-se de um simples choque de gerações. Uma jovem de 20 anos que não quis se identificar disse, sentada na garupa da motocicleta de seu namorado que apóia o conservadorismo. "Abraçar e beijar não é algo para se fazer em público. Eu acho que você deve esperar para ter o contato físico depois do casamento".
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