janeiro 17, 2008

Veneza Center

A origem de Veneza data do século I a.C. A cidade se desenvolveu com um autêntico plano de ordenação, que abriu uma série de canais, cuja terra se usou para levantar e consolidar o plano insular. Assim nasceu o Grande Canal e númerosos “rii” (canais), que atualmente comunicam, através de 400 pontes, mais de 118 ilhotas, estruturadas na base com troncos de árvores, sobre os quais se apóiam os cimentos dos edifícios.

O santo padroeiro da cidade é São Marcos Evangelista, cujos restos mortais estão lá, na basílica da praça principal (vizinha à praça na qual Natasha dançou em Vamp), desde 828, quando foram sacados das mãos dos “mouros profanadores” de Alexandria. O símbolo de Veneza, o leão alado, é também o símbolo de São Marcos.

A água é suja, apesar de não exalar mau cheiro. Recentemente houve um surto de meningite, mas, segundo as autoridades, já foi controlado.

É certo que a cidade corre o risco de sumir com o derretimento das calotas polares, mas não se percebe nada de iminente neste aspecto.

A cidade é belíssima e tem uma história longa e bela, mas hoje não passa de um grande shopping center. Das grandes grifes aos camelôs, tudo que se vê em Veneza são lojas, lojas, lojas, que ofuscam as fachadas, invadem as ruas e acabam atrapalhando quem não está interessado em fazer compras.

Um italiano me disse que a arquitetura da cidade, por não permiti-la ser outra coisa que um local turístico, afeta profundamente o destino dos seus habitantes, que ou entram no jogo do comércio, ou têem de ir embora.

A minha sugestão para quem quer se admirar com a vida de pessoas que têm lanchas estacionadas na garagem é a pequena Burano, uma ilha-município cuja atração principal são as rendas e as casinhas coloridas.

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