Era meia-noite, o Sol brilhava forte na Barra. Eu de pé, sentado em uma pedra de madeira, dizia calado pra um velho de 17 anos que eu preferia morrer a perder a vida.
Ao meu lado, havia em minha frente um mudo que falava para um surdo que os quatro maiores profetas foram três: Jacó e Jocié.
Um cego disse pra mim que viu um aleijado correr atrás de um carro parado.
Eu estava quieto, muito agitado, quando então percebi que o mundo é uma bola quadrada que gira parada.
Vendo os pássaros amamentarem seus bezerros, percebi que as vacas estavam nos trios elétricos pulando de galho em galho.
Então montei em minhas costas e saí galopando nas ondas do mar deserto. Depois corri, e de tanto correr percebi que estava parado. Cheguei em casa, deitei meu paletó na cama, me pendurei no cabide e de olhos abertos dormi, foi só assim que percebi que sou um louco normal.
Contribuição (sem ele saber) de Moysés Suzart, do A Tarde
janeiro 31, 2008
O diário de um jornalista (louco normal)
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5 comentários:
Ah normal! Hoje voei até o telhado e peguei um cachorro-quente na árvore de melancia. Mas a coisa mais doida estava por vir: o cachorro-quente estava com gosto de churrasquinho de gato! =O
hasuhasuhasuhu
Normal neh!?
Beijão!
http://juogata.blogspot.com/
Hum, interessante o texto bem criativo, fugindo do normal, gostei.
Jah comentei!
=D
http://juogata.blogspot.com/
oO
normais são os que vivem nos manicomios, nós que somos os 13, huahuahuaha
trabalhamos a vida inteira, pra no fim dela recebermos uma merreca de aposentadoria, e não termos respeito nem da familia nem da sociedade, lastimavel
... desculpa aí, viajei na resposta,
eu tb não sou normal!
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