março 04, 2008

Um parêntese sobre a nova literatura baiana

Texto publicado por este Correspondente cá na edição de hoje do Caderno Dez! do jornal A Tarde.

Minha função neste espaço é indicar leituras, mas hoje peço licença para não falar de nenhum livro específico. Quero falar da nova literatura baiana. Da sua timidez. Semana passada, assumi minha ignorância diante da obra de nosso premiado conterrâneo Antônio Torres. Dias desses, relendo Cabeceiras antigas, percebi o quanto os escritores gaúchos predominam nessa nova geração.

O.k., eu sei que Porto Alegre e Salvador são cidades bem distintas, cultural e economicamente. Sei também da dificuldade de ter espaço no mercado; porém, sempre foi difícil. Muitos escritores hoje aplaudidos, para o serem, tiveram de vestir suas roupas de sapo e darem seus pulos no começo. Mas estou vendo tudo muito calmo aqui no nosso brejo.

E não consigo crer que seja por falta de talentos. Futuros escritores, cadê vocês?! Cadê os fanzines, os já demodês mas sempre bem-vindos blogs literários, as modestas publicações independentes, os saraus? Cadê a movimentação? Meu amigo Saulo Dourado, talentoso prosador que sempre dá as caras aqui no Dez!, conseguiu reunir uma galera, e já começaram seu “aSSAlto” cultural [http://movimentoassalto.blogspot.com]. Entrem em contato, vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer; o poder é de vocês; etc., etc. O blog do Dez! também está aberto à vossa divulgação.

Na era do DVD com extras, num País que lê pouco, quem vai te ler se você não insistir muito?

Terça que vem, de volta às atividades normais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Calma meu caro Breno...Davi Boaventura irá chegar ao mercado...em breve...em breve...