julho 11, 2007

Debate sobre cinema baiano termina em barraco

O clima esquentou no segundo dia de atividades do III Seminário Internacional de Cinema, na noite desta terça-feira, no Teatro Castro Alves. Com direito a gritaria, palavrões e ofensas, o debate sobre Cinema Baiano: Ontem e Hoje terminou em barraco, protagonizado pelo cineasta Edgard Navarro e pelo professor e crítico de cinema André Setaro.

A discussão foi motivada pelo artigo publicado por Setaro no caderno especial sobre o evento, publicado nesta segunda, no jornal A TARDE. O diretor Fernando Beléns se declarou chocado com as opiniões publicadas pelo crítico, que chamou de 'mendigos' os cineastas baianos que dependem de editais públicos para realizar suas produções.

Os ânimos começaram a esquentar após as falas dos palestrantes - o produtor Cláudio Marques, o cineasta Edgard Navarro, e os professores André Setaro, Maria do Socorro Carvalho e Marcos Pierry -, que discutiram sobre as gerações passadas de cineastas baianos, a situação das salas de cinema locais e as dificuldades de se fazer filmes hoje na Bahia.

Ao abrir o debate para o público presente, Fernando Beléns - que está filmando seu primeiro longa "Pau Brasil"- tomou a palavra para manifestar sua insatisfação com o termo 'mendicância', que classificou como 'pejorativo e desrespeitoso' e rebateu o texto, comentando que o autor havia refletido sobre filmes que não viu.

Setaro respondeu dizendo que havia ficado feliz com o fato de ter chocado o cineasta e tentou descaracterizar o termo mendicância, e se colocando em condição de igual necessidade  a de alguém que depende.

O bate-boca e troca de acusações cresceu quando Navarro aumentou o coro contra Setaro. Taxou sua opinião como "perversa" e disse que o crítico estava "prestando um desserviço ao cinema baiano" e que nem era digno de fazer parte da mesa

André Setaro defendeu-se: "Escrevi aquilo para provocar o debate. Vocês não estão entendendo a piada."

O momento mais crítico do debate aconteceu quando, após uma pergunta endereçada a Setaro, Navarro interrompeu gritando que o professor "não poderia ser levado a sério, pois era um provocador". Parte da platéia presente vaiou a atitude de Navarro, que respondeu de maneira ofensiva, endereçando palavrões aos que lhe vaiaram. Em seguida, deu as costas à platéia, subiu numa cadeira e apontou para a própria bunda. No momento de maior destempero, o cineasta não se segurou na cadeira e passou a circular em torno do crítico ensaiando mímicas jocosas.

A expectativa é que a discussão entre Setaro e Navarro repercuta nesta quarta-feira pela manhã, na mesa sobre "Perspectivas do cinema da Bahia e no Brasil", a partir das 9h30 no TCA com participação de José Araripe Jr. (cineasta e diretor do Centro Técnico Audiovisual, CTAV), Orlando Senna (cineasta e secretário do audiovisual do Ministério da Cultura), Póla Ribeiro (cineasta e diretor do IRDEB), Leopoldo Nunes (diretor da Ancine) e João Carlos Sampaio, crítico de cinema de A TARDE.

Para entender melhor toda a motivação da discussão, leia o
artigo publicado pelo professor André Setaro e também o artigo do cineasta Edgard Navarro , publicado na mesma página, sobre o momento do cinema baiano.


Roubado emprestado do CineinBlog.

4 comentários:

Unknown disse...

Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!!

Marcel Ayres disse...

Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!!

e eu tava lá hahaha =)

Anônimo disse...

como um roubo é emprestado? vamos devolver para eles depois? : P

Só completando...

BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO! BARRACO!

Breno Fernandes disse...

Há coisas que se empresta e não se tem de volta. Ponta de grafite, posts... O roubo é porque eles não sabem, foi empréstimo involuntário! :)

Pra não me sentir excluído:

Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!! Barracoooooo!!!